As entradas nesta página estão organizadas em ordem cronológica.
Esta lista não é exaustiva, mas tentei incluir os estudiosos, filósofos e outras figuras mais importantes para facilitar a referência.
Filósofos, Praticantes e Acadêmicos Fundamentais
Pitágoras (c. 570- c. 495 aC): filósofo e matemático grego que influenciou o esoterismo posterior
Pitágoras de Samos foi um dos grandes filósofos pré-socráticos e matemáticos da Grécia Antiga.
Pitágoras nasceu na ilha grega de Samos, na costa jônica, em 570 a.C. Estudou matemática, astronomia, música, literatura e filosofia na sua cidade natal.
Foi orientado na cidade grega de Mileto por um dos maiores filósofos pré-socráticos: Tales de Mileto.
No entanto, suas ideias revolucionárias para a época o levaram a ser perseguido. Nesse momento, mudou-se para Crotona (sul da Itália), região conhecida como Magna Grécia.
Foi ali que fundou uma escola de caráter místico-filosófico que ficou conhecida como “Escola Pitagórica”.
Entretanto, foi perseguido novamente, deixando Crotona e partindo para o Egito, onde ao observar as pirâmides, criou o Teorema de Pitágoras.
O filósofo faleceu em Metaponto, na região sul da Itália, em 490 a.C. com aproximadamente 80 anos.
Segundo ele “tudo é número”, frase que indica uma explicação para a realidade e tudo que existe no mundo. A ele foi atribuído o uso e criação dos termos “filósofo” e “matemática”.
Platão (c. 428-3 a 348/7 aC): filósofo grego antigo
Platão foi discípulo de Sócrates e um dos mais importantes filósofos da Grécia Antiga. No período antropológico, iniciado a partir das ideias socráticas, Platão destacou-se por ter lançado a sua teoria idealista e por ter deixado escrita a maioria dos textos conhecidos hoje sobre Sócrates.
O idealismo platônico consiste, basicamente, em uma distinção entre conhecimento sensível, inferior e enganoso, que seria obtido pelos sentidos do corpo, e conhecimento inteligível, superior e ideal, que acessaria a verdade sobre as coisas. O conhecimento inteligível seria aquele que permite o nosso acesso ao ser e à essência de algo, que seria imutável, ao contrário da aparência, que pode enganar-nos. O conhecimento inteligível estaria no Mundo das Ideias e das Formas, enquanto o conhecimento sensível estaria em nossa realidade material.
O Mundo das Ideias ou das Formas (que deve ser escrito com letra maiúscula) seria a realidade intelectual, verdadeira, eterna e imutável, que pode ser acessada apenas por meio da capacidade racional do ser humano. Nessa instância, estariam as essências das coisas, os conceitos, as ideias fixas e imutáveis que descrevem essencialmente cada ser ou objeto existente. Já o mundo sensível seria a realidade com a qual nos defrontamos em nosso mundo prático, que experimentamos. Essa realidade sensível é ilusória e enganadora, pois, para usar um jargão popular no qual Platão inspirava-se: as aparências enganam.
Aristóteles (384-322 aC): filósofo grego antigo
Aristóteles nasceu em Estagira, na Macedônia, em 384 a.C. Com 17 anos, partiu para Atenas e começou a frequentar a Academia de Platão. Por conta do local de seu nascimento o autor é chamado comumente de “o Estagirita”.
De origem aristocrática, causou admiração pelo seu comportamento requintado e pela sua inteligência. Logo se tornou o discípulo predileto do mestre, que observou:
“Minha Academia se compõe de duas partes: o corpo dos estudantes e o cérebro de Aristóteles”.
Com a morte de Platão, em 347 a.C., o brilhante e famoso aluno se considerava o substituto natural do mestre na direção da Academia. Porém, foi rejeitado e substituído por um ateniense nato.
Plotino (c. 204-270): filósofo neoplatônico e autor de As Enéadas (compilado por seu aluno Porfírio)
Jâmblico (c. 245-c. 325): filósofo neoplatônico sírio/árabe
Pseudo-Dionísio (c. 5º-6º século): Autor pseudo-epigráfico de uma influente série de textos que popularizaram a filosofia neoplatônica e a integraram à teologia cristã.
Decepcionado, deixou Atenas e partiu para Atarneus, na Ásia Menor – então grega. Foi conselheiro de estado de um antigo colega, o filósofo político Hermias.
Casou com Pítria, filha adotiva de Hermias, mas quando os persas invadiram o país e mataram seu governante, ficou novamente sem pátria.
Em 343 a.C., foi convidado por Filipe II da Macedônia para preceptor de seu filho Alexandre. O rei queria que seu sucessor fosse um requintado filósofo. Assim, como preceptor na corte da Macedônia durante quatro anos, teve a oportunidade de prosseguir suas pesquisas e desenvolver muitas das suas teorias.
Quando retornou a Atenas, em 335 a.C., Aristóteles decidiu fundar sua própria escola chamada Liceu por estar situada no edifício dedicado ao deus Apolo Lício.
Além dos cursos técnicos para os discípulos, dava aula ao povo em geral. No Liceu, estudava-se geometria, física, química, botânica, Astronomia, Matemática, etc.
Albertus Magnus (c. 1200-1280): santo católico e importante teólogo da Alemanha medieval.
Albertus Magnus (também conhecido como Santo Alberto, o Grande ou Alberto de Colônia ) (c. 1200 – 1280) foi um filósofo, teólogo e cientista alemão do século 13 do período medieval.
Ele está principalmente associado ao movimento medieval dominante da Escolástica , e sua influência no desenvolvimento da filosofia Escolástica no século 13 foi enorme , especialmente sua incorporação do Aristotelismo ao Ocidente cristão.
Ele também é conhecido como um dos primeiros defensores da coexistência pacífica da ciência e da religião.
Roger Bacon (c. 1219- c. 1292): Filósofo medieval inglês que é alternadamente considerado um mago ou um dos primeiros proponentes do método científico.
Nicolas Flamel (c. 1330 – 1418): Alquimista suposto; sua vida e obra foram posteriormente altamente ficcionalizadas.
Ele era uma pessoa real e bem documentada que viveu na França no século XIV.
Ele trabalhava como escriba e era dono de uma loja de manuscritos.
Marsilio Ficino (1433-1499): filósofo e acadêmico italiano durante o Renascimento.
Suas traduções e comentários sobre as obras de Platão e o Corpus Hermeticum foram extremamente influentes e provaram ser um divisor de águas para a filosofia e o esoterismo ocidentais.
Johannes Trithemius (1462-1516): criptógrafo alemão e autor ocultista.
Suas obras mais conhecidas, Steganographia e Polygraphia, são ostensivamente livros sobre criptografia e estenografia que apresentam vários “alfabetos ocultos”, incluindo o “alfabeto das bruxas”.
Giovani Pico della Mirandola (1463-1494): Conhecido por suas 900 Teses e Oração sobre a Dignidade do Homem, Pico foi um polêmico e eclético filósofo do Renascimento italiano.
Sua propensão a coletar e integrar filosofias díspares, bem como seu interesse por conhecimentos supostamente antigos, o levaram a fundar a “Cabala Cristã”, um amálgama de misticismo judaico e teologia cristã. Ele foi envenenado e morreu aos 31 anos.
Heinrich Cornelius Agrippa (1486-1535): autor ocultista alemão de “Três Livros de Filosofia Oculta”.
Paracelsus (c. 1493-1541): Theophrastus von Hohenheim, mais conhecido como “Paracelsus”.
Foi um médico suíço cujo trabalho revolucionou a medicina no Renascimento (anteriormente a filosofia galênica da medicina era a base de diagnósticos e tratamentos). Sua influência posterior no ocultismo decorre de sua filosofia, bem como de seu suposto trabalho alquímico.
Johann Weyer (1515-1588): demonologista holandês, estudante de Agripa, é mais conhecido por seu livro sobre demônios intitulado De praestigiis daemonum.
Weyer denunciou a perseguição de “bruxas”, pois acreditava que os verdadeiros poderes demoníacos não se manifestavam como descrito pelos inquisidores. Em vez disso, ele propôs que os acusados de feitiçaria estavam sofrendo de delírios ou outros problemas mentais.
John Dee (1527-1609): Conselheiro de Elizabeth I, Dee foi um alquimista, filósofo, matemático, erudito, astrólogo, adivinho e progenitor da magia enoquiana no século XVI.
Giordano Bruno (1548-1600): frade dominicano italiano tachado de herege pela Inquisição Católica. Ele foi julgado por heresia, considerado culpado e queimado na fogueira.
Ele foi o tema do influente livro de Frances Yates, Giordano Bruno and the Hermetic Tradition, no qual o autor defende uma base hermética do pensamento e das teorias de Bruno.
Robert Fludd (1574-1637): Um médico inglês que tinha um interesse distinto pelo ocultismo, os rosacruzes e a filosofia hermética. Ele é conhecido pelo maciço, dois volumes Utriusque cosmi, que contém inúmeras ilustrações sobre tópicos científicos e metafísicos.
Jakob Böhme (1575-1624): místico e filósofo alemão que é creditado como o fundador da teosofia cristã ou boehmiana.
Emmanuel Swedenborg (1688-1772): místico sueco influente; autor do livro Heaven and Hell que detalha a vida após a morte como revelado a ele por Deus.
Conde de St Germain (c. 1691-1712 a 1784): Um homem misterioso que viveu na Europa em 1700. Relatos posteriores atestaram que ele era imortal e ele mesmo afirmou ter centenas de anos.
Éliphas Lévi (1810-1875): ocultista francês que se tornou uma das figuras fundamentais do renascimento esotérico após a calmaria do interesse durante o Iluminismo e para o movimento espiritualista subsequente. Seu trabalho mais conhecido é Dogme et Rituel de la Haute Magie, juntamente com sua ilustração de “Baphomet”.
Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891): ocultista russa e cofundadora da “Sociedade Teosófica” (não confundir com teosofia cristão ou boêmia).
Embora Henry tenha sido o primeiro presidente da organização, Helena Blavatsky exerceu uma influência tão grande sobre a Sociedade Teosófica que parecia ser a única capaz de manter o grupo unido. Pouco tempo após sua morte, a Sociedade se dividiu em subgrupos.
Com uma trajetória peculiar para qualquer mulher que vivia no século XIX, é fácil de compreender o fascínio que ela despertava nos teosofistas e até mesmo em outras pessoas.
Arthur Edward Waite (2 de Outubro de 1857 – 19 de Maio de 1942) foi um místico inglês nascido nos Estados Unidos que escreveu e estudou intensamente os assuntos do mundo esotérico, sendo conhecido principalmente por ser co-criador do baralho de cartas de Tarot intitulado Rider-Waite.
Segundo seu biógrafo R. A. Gilbert, “o nome de Waite sobreviveu ao longo dos tempos por ter sido ele o primeiro a empreender o estudo sistematico sobre o ocultismo do Ocidente, visto como tradição espiritual, não como aspectos de protociência ou como a patologia da religião”.
Ele é conhecido principalmente por seus trabalhos trabalhos, como The Book Ceremonial Magic, bem como sua contribuição para o extremamente popular baralho de tarô “Rider-Waite”.
Pamela Colman Smith, membro da Golden Dawn, forneceu as ilustrações enquanto Waite escrevia o guia para acompanhá-lo (Rider refere-se à empresa de cartas de baralho que publicou o baralho e o guia finalizados).
Aleister Crowley (1875-1947): Famoso ocultista e infame “homem mais perverso do mundo”. Fundador da Thelema.
ou Edward Alexander Crowley (Royal Leamington Spa, 12 de outubro de 1875 — Hastings, 1 de dezembro de 1947), foi um membro da Ordem Hermética da Aurora Dourada e influente ocultista britânico, responsável pela fundação de uma doutrina (ou filosofia, dependendo do ponto de vista) que batizou de Thelema.
Ele foi o co-fundador da A∴A∴ e, mais tarde, um líder da O.T.O. Atualmente, é mais conhecido como autor de obras sobre magia e misticismo, dentre eles o Livro da Lei, que tornou-se a escritura sagrada principal dos thelemitas, e doutros tratados sobre diversos assuntos esotéricos como a cabala e o tarô.
Austin Osman Spare (1886-1956): artista ocultista inglês.
Sepharial (1864-1929): O pseudônimo do astrólogo e teosofista inglês Walter Gorn Old.
Papus (1865-1916): O ocultista francês Gérard Anaclet Vincent Encausse juntou-se e até fundou várias ordens esotéricas. Seus interesses incluíam tarô, Cabala e ciência oculta.
Dion Fortune (1890-1946): ocultista britânico, autor e praticante de magia cerimonial. Junto com Blavatsky, Fortune foi uma das líderes femininas mais influentes durante esta era do esoterismo ocidental.
Gershom Scholem (1897-1982): Preeminente estudioso da Cabala. Sua biblioteca pessoal, incluindo suas anotações, agora reside em duas salas de leitura especialmente dedicadas como sua própria coleção na Biblioteca Nacional de Israel.
Frances Yates (1989-1981): historiadora do Renascimento inglês. Ela escreveu sobre como influências herméticas e neoplatônicas na filosofia no Renascimento. Sua obra mais conhecida e influente foi Giordano Bruno e a Tradição Hermética,
Manly P. Hall (1901-1990): autor e místico canadense. Seu livro, Os Ensinamentos Secretos de Todas as Idades, tem uma abordagem um tanto erudita, mas com uma dedicação e como convicções de um prático.
Anton LaVey (1930-1997): Fundador da “Igreja de Satanás” e do Satanismo LaVey.
Fictício ou altamente ficcional
Doutor Fausto/Fausto – Um estudioso alemão que vende sua alma ao diabo em uma lenda popular.
Hermes Trismegisto (Thoth) – O progenitor divino do Hermetismo .
Salomão – Rei bíblico de Israel, filho do rei Davi, Salomão era considerado um poderoso mago e exorcista. A Chave de Salomão é um texto mágico popular atribuído a ele no qual ele descreve como convocar e prender vários demônios.
Simon Magus – Feiticeiro apresentado no Novo Testamento, homônimo do pecado da simonia.
Abramelin, o Mago – Suposto autor do influente Livro de Abramelin .
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