Os 10 melhores grimórios

Grimórios são livros que contêm uma mistura de feitiços, conjurações, segredos naturais e sabedoria antiga. Suas origens remontam aos primórdios da escrita e sua história subsequente está entrelaçada com a das religiões do judaísmo, cristianismo e islamismo, o desenvolvimento da ciência, a influência cultural da impressão e o impacto social do colonialismo europeu.

1. O Sexto e Sétimo Livros de Moisés
Embora seja um dos grimórios mais recentes, circulando pela primeira vez em manuscrito no século XVIII, este deve ser o número um pela amplitude de sua influência. Da Alemanha, espalhou-se para a América através dos holandeses da Pensilvânia e, uma vez em impressão barata, foi posteriormente adotado pelos afro-americanos. Com seus símbolos místicos pseudo-hebraicos, conjurações de espíritos e salmos, este livro da sabedoria secreta de Moisés foi um texto fundador do Rastafarianismo e de vários movimentos religiosos na África Ocidental, bem como uma causa célebre na Alemanha do pós-guerra.

2. A Clavícula de Salomão

Este é o avô dos grimórios. Livros místicos supostamente escritos pelo Rei Salomão já circulavam no Mediterrâneo oriental durante os primeiros séculos dC. No século 15, centenas de cópias estavam nas mãos de cientistas e clérigos ocidentais. Enquanto alguns denunciavam esses textos salomônicos como heréticos, muitos clérigos secretamente se debruçavam sobre eles. Alguns tinham grandes ambições de obter sabedoria dos “mais sábios dos sábios”, enquanto outros procuravam enriquecer descobrindo tesouros e vencendo os espíritos que os guardavam.

3. Pequeno Alberto
O “Little Albert” simboliza o enorme impacto cultural da revolução da impressão barata do início do século XVIII. As comportas do conhecimento mágico foram abertas durante o chamado Iluminismo e o Petit Albert tornou-se um nome para conjurar em toda a França e suas colônias ultramarinas. Além de dicas domésticas práticas, incluía feitiços para pegar peixes, feitiços para cura e instruções sobre como fazer uma Mão da Glória, que tornaria invisível.

4. O Livro de São Cipriano

Grimórios supostamente escritos por um lendário São Cipriano (havia um verdadeiro São Cipriano também) tornaram-se populares na Escandinávia durante o final do século XVIII, enquanto na Espanha e em Portugal as edições impressas do Libro de San Cipriano incluíam um dicionário geográfico para locais de tesouro e os meios mágicos para obter suas riquezas escondidas. Durante o início do século 20, as edições começaram a aparecer na América do Sul, e as cópias agora podem ser compradas nas ruas da Cidade do México até as barracas de ervas nos Andes.

5. Vermelho do dragão
Como o Petit Albert, o Red Dragon foi outro produto do boom francês dos grimórios baratos do século XVIII. Embora publicado pela primeira vez no século seguinte, era basicamente uma versão do Grand grimoire, um livro de magia anterior que era famoso por incluir uma invocação do Diabo e seus tenentes. O Dragon rouge circulou muito mais amplamente, porém, e é bem conhecido hoje em antigas e atuais colônias francesas no Caribe.

6. O Livro de Honório

Os livros atribuídos a Honório de Tebas perderam apenas para os de Salomão em notoriedade no período medieval. De acordo com um tema forte na história dos grimórios, não há evidências de que um arquimago chamado Honório tenha vivido na antiguidade – como os manuscritos atribuídos a ele afirmaram. Através de orações e invocações, os livros de Honório davam instruções sobre como receber visões de Deus, Inferno e purgatório, e conhecimento de toda a ciência. Muito conveniente.

7. O Quarto Livro da Filosofia Oculta
Cornélio Agripa foi um dos filósofos ocultistas mais influentes do século XVI. Ele certamente escreveu três livros sobre ciências ocultas, mas não teve nada a ver com o Quarto Livro que apareceu logo após sua morte. Este livro de conjuração de espíritos enegreceu o nome de Agripa em uma época em que os julgamentos de bruxas estavam sendo alimentados por toda a Europa.

8. O Mago
Publicado em 1801 e escrito pelo ocultista britânico e balonista propenso a desastres Francis Barrett, O Mago foi uma reafirmação da ciência oculta do século XVII, e emprestado pesadamente de uma edição inglesa do Quarto Livro de Filosofia Oculta. Foi um fracasso na época, mas sua influência foi posteriormente considerável no renascimento oculto do final do século 19 e nas tradições mágicas contemporâneas. No início do século 20, uma versão plagiada produzida por um empresário ocultista americano e intitulada The Great Book of Magical Art, Hindu Magic and East Indian Occultism tornou-se muito procurada nos EUA e no Caribe.

9. O Necronomicon

Uma invenção da imaginação engenhosa do influente escritor de terror e fantasia do início do século XX, HP Lovecraft, este misterioso livro de sabedoria secreta foi escrito no século VIII por um poeta iemenita louco. Apesar de ser uma ficção literária, vários Necronomicons “reais” foram publicados ao longo das décadas, e hoje tem tanto direito a ser considerado um grimório quanto as outras entradas deste Top 10.

10. Livro das Sombras
Por último, mas não menos importante, há o texto fundador da Wicca moderna – uma religião pagã fundada na década de 1940 pelo funcionário público aposentado, folclorista, maçom e ocultista Gerald Gardner. Ele alegou ter recebido uma cópia deste texto mágico “antigo” de um clã secreto de bruxas, um dos últimos de uma linha de adoradores de uma antiga religião de fertilidade, que ele e seus seguidores acreditavam ter sobrevivido a séculos de perseguição pelas autoridades cristãs. . Através de sua menção em dramas de televisão ocultistas populares como Charmed, alcançou um reconhecimento cultural considerável.

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