Olá, hoje irei falar sobre a celebração de samhain.
É uma das comemorações mais importantes na bruxaria, senão a mais importante.
Significado da Celebração de Samhain
O sabbath de samhin aqui no Brasil é comemorado no dia 1º de Maio, pois estamos no Hemisfério sul, e aqui o inverno é no meio do ano, mas em outros lugares do mundo e principalmente nos países do Hemisfério Norte o sabbath de samhin é comemorado no dia 31 de Outubro
Em Samhain, o Festival do retorno da Morte, os portões dos mundos se abrem e a Deusa transforma-se na Velha Sábia, a Senhora do Caldeirão, e o Deus é o Rei da Morte que guia as almas perdidas através dos dias escuros de Inverno.
Esse é o Mito da Roda do Ano na Religião Antiga.
Este é o mais importante de todos os Festivais, pois dentro do círculo, Samhain (pronuncia-se SOUEN) marca tanto o fim quanto o início de um novo ano.
Nessa noite, o véu entre o nosso mundo dos vivos e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram.
E o ano chega ao final!
Nossos últimos alimentos são colhidos após o equinócio de outono, marcando o início dos meses em que viveremos com o que conseguimos estocar.
Os alimentos fornecidos pela Grande Deusa devem agora alimentar seus filhos famintos e nutrir o Deus em sua caminhada pelo “outro mundo”.
O raio do trovão que atingiu o carvalho e fecundou a terra, e a promessa do retorno do Deus através daquela que um dia foi sua amante, mas que agora será sua mãe: a Deusa.
E assim o ciclo de vida, morte e renascimento (assim como os cristãos copiaram) volta a estabelecer o equilíbrio a Roda do Ano.
A Roda do Ano na Religião antiga na verdade é um ciclo que não tem começo nem fim, mas Samhaim é considerado tradicionalmente o Ano Novo na Religião Antiga, pela sua simbologia de morte e suspensão do véu entre os mundos.
Na verdade, os mitos celtas giram em torno do que acontece na natureza, assim como em praticamente todas as religiões do mundo.
Inverno, primavera, verão e outono representam, na verdade, nascimento, crescimento, decadência e morte, e a roda gira continuamente.
Samhain, é o Ano-Novo das Bruxos.
Esse dia sagrado é conhecido por inúmeros nomes.
Para muitos, talvez, o mais conhecido seja Halloween.
Para nós, Bruxos, é a festa na qual honramos nossos ancestrais e aqueles que já tenham partido para o País de Verão, para o “Outro Mundo”.
O “Outro Mundo” celta, também conhecido como o Abismo, é um lugar entre os Mundos; uma mistura de paraíso e atormentações.
É o lugar no qual todos buscamos respostas para nossas perguntas mais íntimas, onde a fantasia se mistura à realidade e o consciente ao inconsciente.
O Abismo é o local onde os heróis são levados para que possam confrontar seus maiores inimigos: seus próprios fantasmas.
Somente vencendo esses fantasmas, que nada mais são que seus medos, preconceitos e angústias, eles poderão retornar como verdadeiros heróis.
Como dito lá em cima é o mais importante de todos os Festivais, pois dentro do círculo, marca tanto o fim quanto o início de um novo ano.
Esse é um excelente tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram.
Esta é a simbologia do Santo Graal; o simbolismo da busca interior de algo que queremos erroneamente materializar neste mundo.
Reza a lenda que somente os cavaleiros que ousarem atravessar os portais do “Outro Mundo” e vencerem a si próprios serão contemplados com a plenitude do Santo Graal.
O termo Samhain significa “Sem Luz”, pois, nessa noite, o Deus Cornudo se sacrifica para se tornar a semente de próprio renascimento em Yule.
É quando os pastores recolhem o gado e o povo recolhe-se em casa, fugindo da época mais escura do inverno.
O Deus morreu e o mundo mergulha na escuridão.
A Deusa vai ao Mundo das Sombras em busca do seu amado, que está esperando para nascer, assim como nos mitos antigos.
Eles se amam, e, desse amor, a semente da luz espera no Útero da Mãe, para renascer no próximo Solstício de Inverno como a Criança da Promessa.
Assim a Roda continua a girar para sempre.
Assim, não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução.
A data do Samhain marca o fim do Calendário celta.
Ao pôr-do-Sol do dia 31 de Outubro tem início o Samhain (em inglês pronuncia-se SOW-in, SAH-vin ou SAM-hayne, e também significa “Fim do Verão”) uma celebração muito especial da 3ª e última colheita agrícola.
A metade do ano dominada pelo Inverno e o Ano Novo celta começam neste Sabbath.
Muitas culturas em todo o mundo comemoram o seu Dia dos Mortos nesta data, mas o Samhain da tradição pagã teve origem nos celtas que em tempos habitaram as Ilhas Britânicas.
A cultura norte-americana conhece-o por “Halloween”, a Noite das Bruxas, mas é muito mais do que isso.
Os rebanhos eram recolhidos a abrigos de Inverno, mas alguns animais também eram abatidos para que a sua carne servisse de alimento até à Primavera seguinte.
Além da sua importância agrícola, os Celtas encaravam o Samhain como um momento muito espiritual, pois a meio do período que separa o Equinócio de Outono do Solstício de Inverno, os povos antigos atribuíam-lhe grandes poderes de magia e comunhão com os espíritos.
A reunião era comemorada com uma mesa farta, onde sobravam cadeiras para os “convidados invisíveis”, e executavam-se rituais para apaziguar os espíritos e comunicar com o outro mundo.
Outras práticas que encontravam no Samhain um momento propício eram a divinação e os pedidos de desejos para o ano novo.
São inúmeras as tradições associadas ao Samhain, e que ainda hoje se praticam:
– Oferecer de comida em altares ou degraus, para alimentar os mortos que nessa noite vagueiem entre nós.
– Acender velas às janelas, para ajudar a guiar até casa os espíritos dos antepassados.
– Acender fogueiras que vão conter a energia do Deus morto, iluminar a escuridão da noite, afastar o mal, receber a luz do Ano Novo e purificar o espaço ritual ou o lar.
– Enterrar maçãs à beira das estradas para dar algum conforto aos espíritos que se perderam ou que não têm descendentes que olhem por eles.
– Esvaziar e esculpir abóboras, dando-lhes uma cara alegre de espíritos protetores para que velem pelos vivos nesta noite de magia e caos.
– Não viajar nesta noite; vestir-se de branco, com disfarces ou roupas do sexo oposto, para enganar os pequenos espíritos que andam à solta a pregar partidas.
Este ciclo perpétuo de morte e renascimento é essencial à regeneração da terra após as colheitas, e do ser humano, que tem aqui uma boa oportunidade de meditar sobre si mesmo, transformando o velho ego (o Sol que “morre”) num novo ego que incorpora já as experiências vividas no último ano e abandona velhos paradigmas que já não são úteis à evolução da alma.
Este é o tempo de refletir sobre a sua própria mortalidade. Aproveite!
Esta celebração de Samhain, é chamado de Samonios na Gália.
Segundo alguns autores, grande parte da tradição do Halloween, do Dia de Todos-os-Santos e do Dia dos fiéis defuntos pode ser associada ao Samhaim.
O Samhaim era a época em que se acreditava que as almas dos mortos retornavam a casa para visitar os familiares, e para buscar alimento e se aquecerem no fogo da lareira, era a época em que as tribos pagavam tributo se tivessem sido conquistadas por outro povo.
Era também a época em que o Sídhe deixava antever o outro mundo.
O fé-fiada, o nevoeiro mágico que deixava as pessoas invisíveis, dispersava no Samhain e os elfos podiam ser vistos pelos humanos.
A fronteira entre o Outro Mundo e o mundo real desaparecia.
Uma das datas do calendário lunar celta de Coligny pode ser associada ao Samhain.
Os Celtas não acreditavam em demônios, mas determinadas entidades mágicas eram consideradas hostis para os humanos, seus animais e colheitas.
Deste modo muitas pessoas pregavam partidas aos seus vizinhos, desde trocar os gados, por figuras humanoides em locais para assustar, ao qual se tornou muito famosa a Jack o’Lantern ou a famosa abóbora iluminada de Halloween.
Alguns Covens festejam o Samhain na data exata em que nesse ano o sol se encontra aos quinze graus da casa astrológica de escorpião, em detrimento da data tradicional.
O mês de Novembro é chamado em Irlandês de “La Samnha”.
O poder de magia pode ser sentido no ar, nessa noite.
Samhain ocorre no pico do Outono. É o tempo do ano em que o frio cresce e a morte vaga pela Terra.
O Sol está enfraquecendo cada vez mais rapidamente, a sombra cresce e as folhas das árvores estão caindo, numa preparação ao Inverno que chegará.
Essa é a última colheita, o tempo em que os antigos povos da Europa sacrificavam seus gados e preservavam sua carne para o Inverno, pois esses animais não podiam sobreviver em grande escala nesse período do ano devido ao frio vindouro. Só uma pequena parte, os mais viris e fortes, era mantida para o ano seguinte.
Em Samhain, o Deus finalmente morre, mas sua alma vive na criança não-nascida, a centelha de vida no ventre da Deusa. Isto simboliza a morte das plantas e a hibernação dos animais, o Deus torna-se então o Senhor da Morte e das Sombras.
De acordo com os antigos celtas, havia apenas duas divisões do ano que iam de Beltane a Samhain (Verão) e de Samhain a Beltane (Inverno).
Samhain é um dos quatro grandes Sabbaths e muitas vezes é considerado o Grande Sabbath.
Em um sentido mágico, Samhain é um momento para as Bruxas (os) descansarem e reavaliarem sua vida e seus objetivos.
Agora é quando queremos nos livrar de qualquer negatividade ou oposição que possa cercar nossas realizações ou prejudicar progressos futuros.
Mabon foi a concretização dos nossos desejos, e agora nós precisamos estabilizar e proteger o que ganhamos.
Isso é muito importante, uma vez que é impossível se concentrar, quanto mais pôr energia em novos objetivos se o que nós temos não está seguro.
Candlemas, Beltane, Lammas e Samhain são Grandes Sabbaths, enquanto os Solstícios e Equinócios são pequenos Sabbaths.
Morrighan Ritual dedicado aos ancestrais, à Morrighan, Dagda e Manannán Mac Lir.
Na Irlanda antiga, na celebração de Samhain todos os anos um novo fogo sagrado era aceso, com o qual se acendiam todos os demais fogos do vilarejo para queimar durante todo o inverno, com o objetivo de levar luz através do tempo escuro do ano.
A comemoração do Ano Novo Celta é um momento misterioso que não pertence nem ao passado, nem ao presente, nem a este mundo e nem ao outro. É o momento da abertura dos portões entre os mundos e o véu que os oculta, se torna mais tênue. Época ideal para acessarmos o Outro Mundo.
Homenageie a memória dos antigos preparando alimentos de sua preferência e contando suas histórias aos seus descendentes.
Ao anoitecer, acenda velas nas janelas da frente de sua casa, em sinal de respeito e reverência aos antepassados de sangue, da terra e da tradição.
Os celtas também praticavam rituais de purificação, queimando simbolicamente, nas fogueiras ou no caldeirão, todas as suas frustrações e as ansiedades do ano anterior.
Este festival é sinônimo de quietude, introspecção e renovação – representada pela união sagrada de Morrighan e Dagda.
Celebrem e vivenciem todas as fases da vida, pois a Roda gira igual para todos, mesmo para aqueles que não estão conectados a ela.
O ciclo eterno das transformações…
Onde o fim representa o começo, abençoados pelo Céu, a Terra e o Mar!
A celebração de Samhain
Ervas para a celebração do Samhain
Maçãs, Verbena, Abóboras, Sálvia, Palha, Crisântemo, Absinto, Pêra, Avelã, Romã, Grãos, Castanhas e Milho.
Comidas Para a celebração do Samhain
Beterrabas, Nabos, Milho, Castanhas, Gengibre, Cidra, Vinho Quente e pratos com abóboras e pratos com carne.
Correspondências para a celebração do Samhain
– Correlação: celebração do ano novo celta, final e começo de ciclo e dia dos mortos.
– Símbolos: cor preta e laranja, maçãs, romãs, abóbora, nozes e avelãs.
– Incensos: mirra, sálvia, carvalho ou cedro.
– Alimentos: sidra, vinho tinto, chá preto, pães e bolos de frutas.
Rainha das Sombras
No ciclo infindável da árvore de prata,
Da infinita alegria à triste lembrança
Harpa mágica que dedilha a sonata.
Num tempo passado e repassado
Caminha pela estrada da vida,
Verde esmeralda, ancestrais do passado.
Gira a Roda sem parar
E festeja a escuridão de Samhain,
Rumo a um novo despertar.
Onde a noite ultrapassa o dia enfim,
Salve, Rainha das Sombras,
Senhora do começo, meio e fim!
(Extraído do livro Brumas do Tempo)
Ritual de celebração de Samhain
Deposite sobre o altar maçãs, romãs, abóboras e outros frutos do fim do outono.
Flores outonais como Madressilva e crisântemos também são indicados.
Escreva num pedaço de papel um aspecto de sua vida do qual deseja livrar-se, um sentimento negativo ou um hábito ruim, doenças.
O caldeirão deve estar presente no altar.
Um pequeno prato com o símbolo da roda de oito aros também deve estar presente.
Sente-se em silêncio e pense nos amigos e nas pessoas amadas que não mais estão entre nós.
Não se desespere. Saiba que partiram para coisas melhores. Tenha firme em mente que o plano físico não é a realidade absoluta, e que a alma jamais morre.
Prepare o altar, acenda as velas e o incenso crie o círculo. Invoque a Deusa e o Deus.
Erga uma das romãs e com sua recém lavada faca de cabo branco, perfure a casca da fruta.
Remova diversas sementes e coloque-as no prato com o desenho da roda erga seu bastão, volte-se para o altar e diga;
“Nesta noite de Samhain assinalo sua passagem,
O rei Sol através do poente rumo à Terra da Juventude.
Assinalo também a passagem de todos os que já partiram,
E dos que irão posteriormente.
Ó Graciosa Deusa, Eterna Mãe, que dá à Luz os caídos,
Ensina-me a saber que nos momentos de maior escuridão surge a mais intensa luz. ”
Prove as sementes de romã; parta-as com seus dentes e saboreie seu gosto agridoce.
Olhe para o símbolo de oito aros no prato; a roda do ano o ciclo das estações o fim e o início de toda a criação.
Acenda um fogo dentro do caldeirão, uma vela serve.
Sente-se diante dele, segurando o papel, observando suas chamas e diga:
Prece para celebração do Samhain
“Ó Sabia Lua, Deusa da noite estrelada, Criei este fogo dentro de seu caldeirão para transformar o que me vem atormentando.
Que as energias se revertam: Das trevas, luz! Do mal, o bem! Da morte, o nascimento! ”
Ateie fogo ao papel com as chamas do caldeirão e jogue-o em seu interior. Enquanto queima, saiba que o mal diminui, reduzindo-se e finalmente o abandonando ao ser consumido pelos fogos universais.
Se quiser pode utilizar métodos para adivinhar o futuro e ver o passado. Tente regressar a vidas passada se quiser.
Mas deixe os mortos em paz. Honre-os com suas memórias, mas não os chame até você.
Libere quaisquer dores e sentimento de perda que possa sentir nas chamas do caldeirão.
Trabalhos de magia, se necessários podem-se seguir.
Celebre o banquete Simples.
O círculo está desfeito.
Deixe seu comentário, e vamos conversar sobre esse e outros assuntos.
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