A Deusa Perséfone é uma Deusa da mitologia grega, é a deusa das ervas, flores, frutos e perfumes.
É filha de Zeus com sua irmã Deméter, a deusa da agricultura e das estações do ano; tendo nascido após o casamento de seu pai com Métis e antes do casamento com Hera.
Criada no monte Olimpo, lar da nobreza divina, Perséfone foi sequestrada por seu tio Hades, mudando-se para o mundo inferior.
Socorrida por seu meio-irmão Hermes, Perséfone passou a morar metade do ano no Olimpo nas estações primavera quando era chamada de Cora (Koré) pelos demais deuses ctônicos.
A ela eram consagrados os chás de plantas como alecrim e sálvia; além das abelhas e do mel.
Perséfone aparece em a Ilíada simplesmente como rainha do mundo inferior e esposa de Hades. O mito do seu rapto foi primeiro narrado por Hesíodo.
Os deuses, Hermes, Ares, Dioniso e Apolo todos cortejaram-na. Deméter rejeitou todos os seus dons e escondeu a filha longe da companhia dos deuses.
Todos os que habitavam em Olimpo foram enfeitiçados por esta menina (Perséfone), rivais no amor a menina casar, e Hermes ofereceu seus dotes para uma noiva.
E ele ofereceu a sua vara como dom para decorar seu quarto (como preço da noiva para a mão dela em casamento, mas todas as ofertas foram recusadas por sua mãe Deméter).
Quando os sinais de sua grande beleza e feminilidade começaram a brilhar, em sua adolescência, chamou a atenção do deus Hades que a pediu em casamento.
Zeus advertiu seu irmão que Démeter não quer que nenhum deus chegue perto da sua filha.
Hades, impaciente, emergiu da terra e raptou-a enquanto ela colhia flores com as ninfas, entre elas Leucipe e Aretusa, ou segundo os hinos homéricos, a deusa estava também junto de suas irmãs Atena e Ártemis.
Hades levou-a para seus domínios (o mundo subterrâneo ou mundo inferior), desposando-a e fazendo dela sua rainha.
Sua mãe, ficando inconsolável, acabou por se descuidar de suas tarefas: as terras tornaram-se estéreis e houve escassez de alimentos, e Démeter recusou-se a ingerir qualquer alimento e começou a definhar.
Ninguém queria lhe contar o que havia acontecido com sua filha, mas Deméter depois de muito procurar finalmente descobriu através de Hécate e Hélio que a jovem deusa havia sido levada para o mundo dos mortos, e junto com Hermes, foi buscá-la no reino de Hades (ou segundo outras fontes, Zeus ordenou que Hades devolvesse a sua filha).
Como entretanto Perséfone tinha comido algo (seis sementes de romã) concluiu-se que não tinha rejeitado inteiramente Hades.
Assim, estabeleceu-se um acordo, ela passaria metade do ano junto a seus pais, quando seria Cora (para os romanos), a eterna adolescente, e o restante com Hades, quando se tornaria a sombria Perséfone (Prosérpina, para os romanos). Este mito justifica o ciclo anual das colheitas.
O culto da Deusa
Entre muitos rituais atribuídos à Perséfone, cita-se que ninguém poderia morrer sem que a rainha do mundo dos mortos lhe cortasse o fio de cabelo que o ligava à vida.
O culto de Perséfone foi muito desenvolvido na Sicília, ela presidia aos funerais.
Os amigos ou parentes do morto cortavam os cabelos e os jogavam numa fogueira em honra à deusa infernal.
A ela, eram imolados cães, e os gregos acreditavam que Perséfone fazia reencontrar objetos perdidos.
O ritual para Perséfone
Para realizar esse ritual você deverá faze-lo no último dia da lua minguante e enquanto ela estiver no signo de Virgem.
Você precisará de:
1. uma romã,
2. folhas secas de manjericão,
3. uma tigela pequena de cerâmica com um punhado de terra fresca,
4. seu caldeirão com água pela metade,
5. um punhado de alecrim fresco,
6. duas velas negras,
7. um punhado de sal marinho
8. flores do campo.
Vista uma roupa negra, mas que não seja calça comprida. Dê preferência a algo bem solto, uma túnica, por exemplo. Comece o ritual traçando um círculo com o sal marinho.
Coloque água fervendo no caldeirão até sua metade e despeje delicadamente as ervas dentro dele.
Deixe o aroma do alecrim e do manjericão penetrar seu corpo. Acenda as duas velas, ladeando o caldeirão, diante do qual colocará o pote com terra; espalhe as flores dentro do círculo.
Com o seu atame, trace um pentagrama no ar e, depois, sente-se dentro do círculo, diante do caldeirão
Voltada para o norte e deposite o atame à sua frente. Você já deve Ter reparado que a romã não foi colocada dentro do círculo.
Ela deve permanecer o tempo todo que durar a visualização sobre seu altar ou, no caso de não possuir um, sobre uma mesa limpa. Relaxe lentamente, procurando coordenar sua respiração com as batidas cardíacas.
Enquanto respira, procure fixar seus olhos na fumaça que sai do caldeirão e tente acompanhar o seu trajeto.
Aos poucos seus músculos estarão descontraídos e você terá a sensação de estar voando.
Visualize, então, um campo de trigo. Note que ele se assemelha a um grande oceano, cujas ondas se agitam ao bater do vento.
Deixe seu corpo ser levado ao longo do campo pela suave ondulação que a brisa provoca.
Repare que um lindo falcão descreve sinuosas curvas no céu, e você, por um instante, parece estar observando uma velha bordadeira confeccionando a concha de casamento de alguma princesa.
Num dado momento, o falcão descerá ao campo, como se procurando algo. Observe.
Note que ele vem vindo na sua direção. Não tenha medo. Ele pousará na sua mão esquerda, e, de seu bico, sairá uma chave de ouro.
Você ficará imóvel por um instante, e logo a ave alçará vôo e desaparecerá entre as nuvens. Na sua mão restará apenas a chave. Guarde-a e continue a explorar o campo de trigo.
Depois de Ter andado bastante, encontrará uma bela mulher que lhe dará um lindo baú de carvalho.
Pegue a sua chave e abra o delicado baú. Dentro haverá um espelho de prata. Mire-se e nele verá refletido o seu rosto.
A mulher ficará a seu lado por alguns minutos e depois sairá caminhando lentamente pelo campo.
Siga-a, e chegarão a uma pequena clareira. Fique do seu lado externo, onde o trigo está plantado. A clareira se abrirá devagar, até formar um buraco que docemente engolirá a magnífica dama.
Numa fração de segundos o buraco se terá transformado num pequeno lago de águas cristalinas.
Terão sumido o baú e a chave; restando em sua mão apenas o espelho, que você deverá jogar na água; tente, então, localizá-lo, espiando da margem do lago.
Continuando a busca, você verá que cada espelho reflete um rosto, estando o seu refletido apenas no que você jogou no lago.
Quando o encontra e a pega, uma intensa onda de felicidade a envolve.
Abandone a visualização e desfaça o círculo com seu atame. Recolha tudo e embrulhe as velas, as flores, as ervas e o sal, e deposite esse material usado ao pé de uma grande árvore. Pegue, então, a romã e, antes de comê-la, repita três vezes este encantamento:
Falcão do campo sagrado Tua chave eu recebi, Perséfone me deu um agrado E no espelho me descobri Que no lago eu me veja Que a sombra se desfaça E que assim seja E assim se faça!
Por meio desse ritual, estabelecemos contato com nossa verdadeira identidade, que, desde muito cedo, aprendemos a camuflar, chegando a ponto de esquecer totalmente a nossa verdadeira face.
Na bruxaria reaprendemos a nos ver com os olhos do Falcão e recuperamos as passagens que nos levam à identidade perdida.
Para nos resgatar, entretanto, é necessário estabelecer o olhar para o outro, pois só assim podemos nos reconhecer complemente.
Olhar apenas para si próprio não leva ao resgate da identidade, porque ela implica, necessariamente, disponibilidade para com os outros seres.
Foi por amor ao ser humano e toda a natureza que Perséfone retornou a Terra e estabeleceu um pacto com sua mãe, permitindo que todos os seres vivos recuperassem o alimento de que tanto precisavam.
A Deusa, enquanto Perséfone mostra-nos que só pelo amor ao outro florescemos.
Tente realizar esse ritual pelo menos quatro vezes por ano e nunca deixe de realizá-lo durante a primavera, estação de Perséfone.
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